terça-feira, 6 de março de 2012

Arigo


Fonte: socialmente
autor: André Rabelo

Para muitos religiosos, a pergunta “O que religião tem a ver com moralidade?” teria uma resposta óbvia: “a religião é a base da moralidade e torna as pessoas moralmente melhores.” Entretanto, para muitos ateus, a resposta seria bem diferente, algo como: “a moralidade independe da religião e torna as pessoas moralmente piores.” Podemos passar horas a fio construindo argumentos contra cada uma destas posições, mas melhor do que isso talvez seja analisar o conhecimento empírico que temos sobre a relação entre ambas. Foi com esse intuito que Paul Bloom, professor na Universidade Yale, publicou recentemente uma revisão discutindo a evolução da religião e da moralidade e como estes dois fenômenos se relacionam [1]. Trago abaixo uma breve discussão dos principais pontos discutidos por Bloom.
ResearchBlogging.orgA aversão que as maiores religiões do mundo compartilham por aqueles que “não crêem,” frequentemente vistos como indivíduos sem moralidade, ilustra a importância central que usualmente se dá àscrenças religiosas para a moralidade. “Se um indivíduo não compartilha de determinadas crenças religiosas, ele deve possuir uma moralidade menos sólida do que a minha, que acredito”, reza a lenda. Por outro lado, o que um grande corpo de evidências tem demonstrado nos últimos anos é que se a religião tem alguma influência na moralidade das pessoas, esta influência não se deve às crenças religiosas, mas à outros aspectos menos aparentes das religiões, compartilhados por outros grupos sociais. Como muitas vezes as pesquisas na psicologia e nas ciências humanas indicam, mesmo intuições tão difundidas , como as que relacionam moralidade com crenças religiosas, podem se mostrar equivocadas a partir de um exame rigoroso.
Um posicionamento comum entre os pesquisadores da evolução da religião é que a religião seria um subproduto acidental, resultando da interação entre sistemas cognitivos que tiveram importância adaptativa para a compreensão do mundo (para mais detalhes sobre esta linha de pesquisa, leia aquiaqui e aqui). Entretanto, outro posicionamento na área é o de que as religiões surgiram para beneficiar os grupos na resolução do problema dos trapaceiros (aqueles que recebem ajuda, mas não querem ajudar). Aumentando a coesão e a cooperatividade do grupo por meio de rituais e da criação de laços sociais entre os membros, a religião pode ser vista como uma solução para o problema da falta de cooperação. Como veremos adiante, existem indícios que sustentam esta ênfase nos aspectos sociais da religião.
Empatia no mundo primata
Contudo, temos um problema para estudar o efeito da religião na moralidade: quase todos os povos que conhecemos tinham alguma espécie de religião em algum momento de sua história. O ideal seria estudar uma população que nunca foi influenciada por uma religião e analisar sua moralidade. Apesar deste problema, existem formas menos óbvias de testar esta influência. Uma ideia, por exemplo, é verificar se existem elementos básicos de moralidade em animais filogeneticamente próximos do ser humano ou se podemos identificar estes elementos em bebês com poucos meses de idade, ambos livres de crenças religiosas formais. De fato, diversos estudos já identificaram noções e tendências rudimentares de altruísmo, empatia e justiça em chimpanzés, bonobos (veja aqui e aqui) e bebês com poucos meses de idade (sendo que bebês também demonstram capacidades rudimentares de julgamento moral – veja aqui). O que estes estudos indicam é que ao menos uma parte da moralidade independe de religião.
Talvez, então, a religião tenha pelo menos um papel estimulante de alguns comportamentos relacionados á moralidade, como a generosidade e a gentileza. Alguns estudos indicam que, apesar de pessoas religiosas relatarem possuir uma maior propensão em agir gentilmente, elas não se demonstram de fato mais gentis na prática. Na sociologia, existem evidências de que em nações menos religiosas as pessoas se tratam melhor, apresentando menores índices de estupro e assassinato. Em contraste, outros dados indicam que estados mais religiosos gastam maiores quantias de dinheiro em caridade do que estados menos religiosos. Somados aos dados de natureza mais correlacional, diversos experimentos investigaram o efeito que a religião pode ter na moralidade. Muitos deles se baseiam em uma técnica experimental da psicologia cognitiva chamada de priming (veja aqui e aqui), discutida diversas vezes aqui no blog. O procedimento básico adotado nestas pesquisas é eliciar pensamentos relacionados à religião por diversos meios (e.g. imagens, palavras) e ver o efeito que esta acessibilidade cognitiva tem no comportamento.
Estes estudos têm indicado que expor os participantes de uma determinada maneira à palavras, imagens e histórias relacionados à religiões os tornam subsequentemente menos propensos a trapacear e mais propensos a agir generosamente. Um estudo, por exemplo, indicou que participantes adultos tinham uma menor tendência de trapacear quando eram informados de que existia um fantasma no laboratório. Porém também existem evidências de que estímulos relacionados meramente à presença de outras pessoas, como um pôster com olhos nele, por exemplo, ou relacionados à moralidade secular (palavras como “contrato”, “civil” e “polícia”), também afetam de maneira similar a conduta moral das pessoas. Portanto, como tanto estímulos relacionados à religiosidade quanto a outros aspectos sociais (e.g. presença de outros, civilidade) tem efeitos semelhantes no comportamento moral, não parece que a crenças sobrenaturais tenham um papel especialemente relevante aqui.
Rituais religiosos unem os seus membros
O que muitos autores tem argumentado é que os efeitos que a religião aparentemente tem na moralidade estão relacionados com seus aspectos sociais de comunidade, que são os mesmos envolvidos na dinâmica social de qualquer grupo, como uma liga de boliche. Participando de uma religião, as pessoas fazem parte de um grupo social que torna seus integrantes próximos, por meio de rituais compartilhados e do convívio regular. Por conta da proximidade, os indivíduos se tornam mais gentis e ligados uns com os outros, mas este favorecimento do próprio grupo também pode resultar em hostilidade contra membros de outros grupos – um fenômeno intergrupal que a antropologia já documenta há muitas décadas. Nesse sentido, existem evidências de que, se quisermos predizer a tendência a generosidade de pessoas religiosas ou o seu apoio a atentados suicidas, o fator realmente relevante é o seu nível de participação na sua comunidade religiosa, e não as suas crenças sobrenaturais particulares sobre a vida após a morte ou entidades divinas, por exemplo. Esta maneira de olhar para a religião, enfatizando seus aspectos sociais, da sentido aos efeitos aparentemente paradoxais que a religião pode ter – estimular coisas boas, como a generosidade, e coisas ruins, como o preconceito.
Aparentemente, as pessoas buscam nas crenças religiosas e nos livros sagrados maneiras de justificar, posteriormente, as suas condutas, mas estas condutas são influenciadas por fatores sociais e cognitivos que, muitas vezes, passam despercebidos pelas nossas consciências. A religião, assim como outros tipos de grupos sociais, pode ter influências na moralidade, mas uma das suas características mais centrais e popularmente enfatizadas – as crenças religiosas em si – não parece ter tanta influencia na moralidade das pessoas.

Referências:

[1] Bloom, P. (2012). Religion, Morality, Evolution. Annual Review of Psychology, 63 (1), 179-199 DOI: 10.1146/annurev-psych-120710-100334
Como o tempo está ficando escasso novamente, terei que apelar para postagens mais pragmáticas (rsrsrs).
Aproveitem e reflitam...


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A aposta de pascal é ridícula!

Antes de qualquer comentário aqui, e como santo de casa não faz milagre (heheh), vejam o vídeo abaixo e considerem por si mesmos os argumentos contra essa ridícula proposta de Pascal, para não dizer infantil (como se fosse surpresa alguma proposição de cunho religioso não ser infantil).


Agora leiam o texto abaixo.



REFUTAÇÃO DA APOSTA DE PASCAL

de Theodore M. Drange


O argumento (chamemos-lhe "AP") pode ser formulado como se segue:
(a) Se Deus existe, então quem não acreditar nele acabará sendo atormentado eternamente ou pelo menos aniquilado.(b) Se Deus existe, então quem acreditar nele ganhará vida eterna.
(c) Se Deus não existe, então não importa se as pessoas acreditam nele ou não.
(d) Consequentemente [de (a)-(c)], os não-teístas estão a correr um risco grave. No mínimo, o benefício esperado da situação da sua crença é infinitamente pior do que o dos teístas.
(e) Mas os não-teístas têm a possibilidade de auto-induzir a crença teísta.
(f) Portanto [de (d) & (e)], todos os não-teístas deviam mudar as suas crenças e tornar-se teístas.
Eis algumas objeções à AP:
  1. É possível provar que Deus não existe. Por isso, as premissas (a) & (b) da AP são discutíveis ou irrelevantes.
  2. Não há boa razão para acreditar na premissa (a) da AP, e existem muitos teístas que a negariam. Além disso, se essa premissa fosse verdadeira, então isso serviria de base para o Argumento da Descrença, que é um argumento forte para a não existência de Deus. Assim, a premissa dada é fraca e conceptualmente problemática.
  3. Segundo a Bíblia, para a salvação requer-se mais do que a mera crença em Deus. A pessoa também precisa de acreditar no filho de Deus (Marcos 16:16; João 3:18, 36; 8:21-25; 14:6; Atos 4:10-12; 1 João 5:12), arrepender-se (Lucas 13:3, 5), nascer de novo (João 3:3), nascer da água e do Espírito (João 3:5), acreditar em tudo o que está no evangelho (Marcos 16:16), comer a carne de Jesus e beber o seu sangue (João 6:53), ser como uma criança (Marcos 10:15), e fazer boas obras, especialmente para as pessoas necessitadas (Mateus 25:41-46; Romanos 2:5-10; João 5:28-29; Tiago 2:14-26). Portanto, a premissa (b) da AP não é verdadeira em sentido geral, pelo menos no que diz respeito à Bíblia. E, além disso, à parte da Bíblia, não há qualquer razão para acreditar nessa premissa. Assim, a premissa (b) da AP pode razoavelmente ser questionada.
  4. A maioria das pessoas que acreditam em Deus dedicam um tempo significativo a orações e atividades da igreja. Essas pessoas presumivelmente também contribuem com dinheiro, talvez o dízimo (10% do seu rendimento). Sem essa crença, muitas delas não fariam essas coisas. Além disso, muitas dessas pessoas vivem com inibições tanto no pensamento como no comportamento. (Considere, por exemplo, inibições a respeito de práticas sexuais, casamento e divórcio, controle de natalidade, aborto, material de leitura, e associação com outras pessoas.) Em muitos casos, essas inibições são bastante extremas e podem ter grandes conseqüências na vida da pessoa e nas vidas de outros. Em algumas comunidades, as mulheres são oprimidas com base na crença teísta. Também, alguns teístas perseguiram e até mataram outras pessoas (como nas inquisições, guerras religiosas, ataques a homossexuais e a pessoas que praticam o aborto, etc.) devido à sua crença de que isso é o que Deus quer que elas façam. Além disso, algumas pessoas (por exemplo, clérigos) dedicam toda a sua vida a Deus. Por estas várias razões, mesmo se Deus não existe, de fato importa muito se uma pessoa acredita em Deus, pelo menos para a maioria desses crentes. Segue-se que a premissa (c) da AP é falsa.
  5. Pode ser que Deus não exista e, em vez disso, algum outro ser governe o universo. Esse ser pode ter intensa aversão e pode infligir punição infinita a qualquer pessoa que acredita em Deus ou que acredita em algo por interesse pessoal (como é recomendado na AP). Mas uma pessoa que passe a acreditar em Deus com base na AP, nesse caso estaria "metida em grandes sarilhos", mesmo que Deus não exista. O benefício esperado da situação de crença do teísta seria infinitamente pior do que o do não-teísta. Segue-se que a premissa (c) da AP é falsa.
  6. Para acreditar em Deus, a pessoa tem de acreditar em proposições nas quais é, do ponto de vista da maioria dos não-teístas, impossível (ou pelo menos muito difícil) acreditar. Por essa razão, a premissa (e) da AP pode ser rejeitada.
  7. A crença não está diretamente sujeita à vontade. Por isso, é impossível (ou pelo menos muito difícil) para os não-teístas auto-induzirem a crença teísta. Isto também torna falsa a premissa (e) da AP.
Por todas estas razões, a AP deve ser rejeitada.

Breves comentários pessoais:
Após o vídeo e o pequeno trecho, acredito (cuidado com esse verbo) que já seja suficiente para descartarmos a aposta de Pascal como lógica, moral ou viável. Mas para os cristãos que ainda persistirem, vale a máxima kantiana da ação moral por interesse, o que ocorre na maioria das religiões (não me refiro à fé pessoal). Dos três tipos de ação anunciadas por kant, e assim inter´retado por esse que vos escreve, podemos elencar a verdadeiramente moral, ou por dever, na qual o indivíduo age sem interesse (é um simples texto opinativo de blog, não vou entrar em detalhes da Fundamentação da Metafísica dos Costumes), por puro e simples respeito à lei. Há aquela ação conforme o dever, em que o indivíduo pratica  uma ação reputadamente correta, mas que esconde certo interesse por detrás da mesma (seria o caso dos que praticam boas ações mas somente visando a "cadernetinha do papai do céu que tudo anota e tudo vê). Por fim, e onde de fato eu enquadraria a assunção da aposta de pascal, há a ação por puro interesse (seria complicado desenvolver em poucas linhas, mas assumamos tal ação como puro interesse), na qual o indivíduo age tendo em vista seus instintos mais básicos, na qual o sentimento fluiria totalmente em direção a um interesse egoísta e pessoal. Enfim, não me considero kantiano no que diz respeito à sua concepção de ação moral, mas por conveniência, vejo como tal representação se encaixa bem naquele assume a aposta de pascal como uma fuga de seu medo do pós-morte. Não passa de uma ação egoísta e interesseira, sem nenhum traço das tão defendidas virtudes cristãs. Logo, e agora me dirijo especialmente aos teístas, revejam suas apostas (heheh), reformulem suas proposições, pois imposição arbitrária não funcionará com uma mente forte (pra não dizer racional).

abraço a todos

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Link

Olá pessoal.

Faz tempo que não menciono um excelente blog para baixar vídeos, documentários e textos sobre ateísmo, filosofia da religião, evolucionismo, etc. Sendo assim, segue abaixo o link para aqueles que se interessarem.
Abraços.

Atheist Movies

Pra não perder a viagem... hehehe!


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Só pra compartilhar mais alguns vídeos com vocês...




Vídeos engraçados

Não consegui colocar na ordem direito, mas dá pra ver todos numa boa, hehehehe!








O princípio "datena" de ação.


Não se assustem com o título, é isso mesmo! O princípio "datena" de ação. Na falta de um nome mais criativo, resolvi batizar as ações baseadas em fé cega e irracionalidade como ações que se baseiam no princípio "datena". Datena é esse mesmo que você está pensando agora. Aquele ente de sanidade duvidosa que apresenta programas "policiais" (ou a desgraça cotidiana) na Band. Fiz isso baseado no indivíduo que dá nome ao princípio e em suas frases históricas (segue um link pra vocês mesmos comprovarem: datenar). Enfim, de agora em diante, aqui nesse blog, me referirei ao tipo de ação demonstrada no vídeo acima como uma datenada (particípio do verbo "datenar", ou defenestração da razão). O que esse senhor amórfico retrata no vídeo acima, é de uma insanidade preocupante, não só para as mulheres, que ele ofende com a mais boa das intenções (lembremos o velho "deitado" sobre boas intenções...), mas também para os católicos que há um bom tempo assumem as ideias desse ente medieval como reguladoras de sua ação moral, principalmente uma boa ala dos carismáticos (RCC). O melhor seria eu fazer assim como fiz com o ilustríssimo intelectual cristão W. Craig (link: refutação de craig), e desmontar toda a argumentação do indivíduo aqui em questão (e por isso serei merecedor do toda crítica voltada pra esse aspecto), mas meu tempo realmente anda muito escasso, e não posso me furtar de uma crítica detalhada se quiser demonstrar, como fiz no outro post, o erro em toda a argumentação. Por outro lado, a argumentação do Craig era um pouco mais geniosa e cabia certas desconstruções lógicas, já a argumentação desse senhor que é padre se baseia em puro machismo arcaico (ou cristianismo mesmo). A reprodução de uma visão subserviente e medíocre da mulher que nada mais faz do que servir de apoio para uma instituição que há séculos oprime esse gênero, e há séculos o vê como inferior. Por isso, não vejo tanta necessidade em uma desconstrução, nem mesmo jocosa, de um texto pautado por repressão sexual projetada. Vejam por si mesmos, e tirem suas conclusões. Ah! E não venham os cristãos católicos me dizer que ele não representa o pensamento da Igreja. Vá ler as cartas de Paulo, aquele projeto de asno, e me digam se a Igreja não se fiou nas sábias palavras dele. Afinal, a bíblia é a palavra de Deus (pra mim, deus, pois é mais um).

Sem mais delongas, aproveitem...

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Não desanimem...


Ol á todos! (se é que essa expressão alcançará algum sentido nesse blog "bastante" visitado).

Gostaria de anunciar apenas que o blog não foi abandonado, mas este que vos escreve não está mais encontrando tanto tempo como tinha antigamente. Por isso, muitas postagens foram apenas reproduções de artigos e outras reportagens que esse "blogueiro" (cada uma...) resolveu compartilhar com os que aqui frequentam. Certamente voltarei a escrever, seja do que me der na telha, mas sempre voltado para os temas aqui costumeiros e com os quais a minha breve e resoluta mente se ocupa. A tendência é que eu volte ao meu velho e primeiro objetivo ao construir esse blog, criticar religião o máximo possível.

Pra não deixá-los com saudades daquele meu velho humor ácido, segue uma pequena imagem para o vosso deleite.

Abraço a todos.










domingo, 13 de novembro de 2011

A mídia vende “o espetáculo”, é o “antijornalismo”

publicada sexta-feira, 11/11/2011 às 09:25 e atualizada sexta-feira, 11/11/2011 às 12:31

Moção de repúdio

Nós, estudantes de Comunicações e Artes da ECA/USP, viemos explicitar o nosso repúdio à maneira como a imprensa hegemônica tem exposto os acontecimentos recentes no campus da USP.

Estamos constrangidos com a maneira preguiçosa e irresponsável como a imprensa e a televisão têm feito seu trabalho, limitando-se a vender o espetáculo originário de uma cobertura superficial e pautada no senso comum.

Entendemos as comunicações e as artes como agentes essenciais na conscientização e na transformação da sociedade. Para isso, o jornalismo não pode ser um mero reprodutor de discursos circulantes, mas sim um instigador de debates e inquietações.

O que assistimos recentemente foi uma reprodução incansável de estereótipos, que só serviram para manipular a opinião pública contra as lutas que são primordiais dentro do campus.

Como estudantes de universidade pública, é também nosso papel questionar a maneira como a mídia trata os movimentos sociais, principalmente como ela tem tratado o movimento estudantil. Buscar entender as raízes do problema exige apuração minuciosa, princípio básico do jornalismo. Posições existem, mas elas não podem ocultar ou distorcer fatos.

O nome do que está sendo praticado é antijornalismo. A sociedade não financia a nossa formação para sermos profissionais como esses.

Escola de Comunicações e Artes
Assembleia Geral dos estudantes da ECA

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ocupação patética, reação tenebrosa | Carta Capital

Um texto sóbrio, equilibrado.
Em tempos de polaridades, nada melhor que o princípio aristotélico da justa medida.

Ocupação patética, reação tenebrosa | Carta Capital